Lynn Margulis (Chicago,
5 de março
de 1938
- Massachusetts,
22 de
novembro de 2011)
foi uma bióloga
e professora na Universidade de Massachusetts. Seu
trabalho científico mais importante foi a teoria da endossimbiose, segundo a qual a mitocôndria
teria surgido por endossimbiose: a mitocôndria seria um organismo
separado que teria entrado em simbiose com células eucarióticas. Foi casada com Carl Sagan
e com ele teve seu filho Dorion Sagan, jornalista
e escritor especializado em divulgação científica.
Hipótese de
Gaia
Muito menos aceitação do meio
científico tem a hipótese de Gaia, com que Margulis começou a
trabalhar no ano de 1972.
A hipótese de Gaia fora apresentada por James E.
Lovelock, químico inglês e inventor. Gaia
é uma deusa, a Mãe terra grega. Na sua hipótese, Lovelock sustentava que
a Terra
é um organismo vivo e Margulis especificou que a Biota terrestre – o
agregado de toda a matéria viva do planeta – é habilitada para o crescimento e
tem um metabolismo e uma interação química apropriada à manutenção da
temperatura do planeta e da composição atmosférica nos níveis desejáveis para a
eclosão e a existência da vida na Terra.
Vida pessoal
Nasceu em Chicago a 5 de Março de 1938, filha de Morris e Leone Alexander. Foi aceite na Universidade de Chicago com 15 anos. Aí conheceu Carl Sagan, então doutorando em física. Casaram quando Lynn tinha 19 anos. Recebe o bacharelato em Liberal Arts. Do casamento com Carl Sagan teve dois filhos, Dorion Sagan (com quem co-escreveu vários livros) e Jeremy Sagan. Do segundo casamento com o cristalógrafo Thomas N. Margulis teve dois filhos, Zachary Margulis-Ohnunma e Jennifer Margulis di Properzio.
Prémios
- 1983 - Eleita para a National Academy of Sciences
- 1999 - Recebe a National Medal of Science
atribuída pelo Presidente dos Estados Unidos, Bill
Clinton
- 2009 - Recebe a Darwin-Wallace Medal
atribuída a cada 50 anos pela Linnean
Society por "avanços significativos no estudo da história
natural e evolução".
- Nevada Medal, Sigma Xi's William Proctor Prize, NASA Public Service
Award, Miescher-Ishida Prize, Commandeur de l'Ordre dees Palmes Academique
de France.
Bibliografia
- MARGULIS, Lynn (2001). Cinco reinos - Um guia ilustrado dos
filos da vida na Terra. Ed. Guanabara/Koogan.
- MARGULIS, Lynn (2001). O planeta simbiótico - Uma nova
perspectiva da evolução. Ed. Rocco.
- MARGULIS, Lynn e LOVELOCK, James (2002). Gaia - Uma teoria do conhecimento. Ed.
Gaia.
- MARGULIS, Lynn e SAGAN, Dorion (2002). O que é vida?. Ed.
Jorge Zahar.
- MARGULIS, Lynn e SAGAN, Dorion (2002). O que é sexo?. Ed.
Jorge Zahar.
- MARGULIS, Lynn e SAGAN, Dorion (2004). Microcosmos - Quatro bilhões de anos de evolução microbiana. Ed. Cultrix. Original em inglês.
23/11/2011 18h52- Atualizado em 23/11/2011 18h52
EUA a bióloga Lynn Margulisúva de Carl Sagan, a cientista estava com 73 anos e tinha sofrido
AVC. Margulis ficou conhecida pela teoria da simbiogênese.
A cientista norte-americana Lynn Margulis, conhecida por seus trabalhos sobre
a origem e evolução das células, e considerada uma autoridade em biologia
evolutiva, morreu aos 73 anos em sua casa em Amherst, no estado de
Massachusetts, nos EUA.
Margulis, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira (23) pela
Universidade de Massachusetts, onde deu aulas, morreu em sua casa na terça-feira
em consequência de um acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu
recentemente.
A cientista ficou conhecida por sua teoria da simbiogênese, que desafia as
teorias neodarwinistas com o argumento que as variações herdadas não se devem a
mutações ao acaso, mas à interação entre os organismos em longo prazo.
Segundo Margulis, a origem das primeiras células com núcleo se deu a partir
da fusão de bactérias primitivas há bilhões de anos, com o que essas bactérias
seriam um fator a levar em conta na origem da vida.
Teoria de Gaia
Margulis, doutora honoris causa pela Universidade Autônoma de Madri e agraciada com a Medalha Nacional de Ciência dos EUA em 1999, foi também uma das impulsoras, ao lado do britânico James Lovelock, da teoria de Gaia.
Margulis, doutora honoris causa pela Universidade Autônoma de Madri e agraciada com a Medalha Nacional de Ciência dos EUA em 1999, foi também uma das impulsoras, ao lado do britânico James Lovelock, da teoria de Gaia.
Segundo a hipótese colocada nesta teoria, o meio ambiente mudou devido ao
comportamento dos seres vivos que o habitam e à sua interação com o entorno,
enquanto outras teorias falam de adaptação dos organismos a um ambiente
determinado.
Nascida em Chicago em 1938, entrou na Universidade de Chicago quando tinha 14
anos. Formada em Zoologia e Genética pela Universidade de Wisconsin, também era
doutora em Genética pela Universidade da Califórnia e co-diretora do
departamento de Biologia Planetária da Nasa (agência espacial americana).
Sua obra ofereceu uma visão nova da microbiologia e ajudou a posicionar a
figura da espécie humana em harmonia com o resto da natureza, inclusive de
microorganismos.
Era membro da Academia de Ciências dos EUA desde 1983, da Academia Russa de
Ciências Naturais desde 1997 e da Academia Americana de Artes e Ciências desde
1998, além da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida e a
Sociedade Catalã de Biologia.
Lynn Margulis publicou numerosos artigos e livros. Seu texto "Simbiose na
evolução da célula" (1981) é considerado um clássico da Biologia do século
20.
Margulis foi casada com o astrônomo Carl Sagan, um divulgador da ciência que
ganhou fama mundial com seu programa de televisão "Cosmos", falecido em 1996, e
era mãe do poeta Dorion Sagan, que colaborou com ela em diversas
publicações.